domingo, 4 de dezembro de 2011

O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra.


Referência bibliográfica:
FILIPOVIC, Zlata. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. trad.: SOARES, Antônio de Macedo; JAHN, Heloísa. Prefácio: SERVA, Leão.SP: Cia das Letras. 1994. ISBN: 85-7164.384-9.
 A leitura do diário de Zlata foi muito gratificante, pois se tratou  do depoimento inocente de uma  menina que vai para a quinta série, então com 11 anos e a constatação abrupta de uma guerra civil eclodindo na Bósnia(ex-Iugoslávia), país onde nasceu e vive.
O prefácio do livro é assinado por um correspondente que, situa politica e historicamente o confronto. Ele ressalta sua admiração na rápida adaptação das crianças, após estes tempos tão turbulentos (força, coragem e superação).
Destaca alguns nomes de familiares e amigos de Zlata e constrói um pequeno vocabulário servo-croata.
O diário se inicia em 02 de setembro de 1991 e termina em 1993.
O cotidiano de Zlata é, paulatinamente, modificado com a aproximação dos confrontos.
A necessidade de mudanças traz a valorização, ainda maior, da família e de seus amigos. A sociedade a que Zlata pertence é bastante politizada.  A cultura local é muito rica e tradicional, fazendo com que a menina participe de eventos familiares bem demarcados.
Sua rotina antes da guerra é delineada por aulas das disciplinas ministradas na quinta série e também, de piano e solfejo, tênis, inglês, coral e tecnologia. A família de classe média possui uma casa de campo, onde Zlata passa as férias.
Quando seu pai é convocado para uma  unidade de reserva da polícia, inicia-se uma grande tensão.
Zlata mantém a escrita de seu diário durante todo o confronto com periodicidade irregular, houve dias em que escrever era impossível, devido às difíceis condições materiais, a que chegou a família.
O cerco vai se fechando sobre Sarajevo e as pessoas começam a fugir para outras localidades e países.
Em 1992 Zlata não pode mais ir às aulas e seus pais interrompem a ida ao trabalho, verifica-se uma corrida para o abastecimento da casa, com o intuito de que não falte mantimentos no perído mais agressivo. A família se transfere para o porão, onde se alojam com alguns pertences mais necessários. Os militares destroem todo o patrimônio cultural edificado da cidade:  praças, bibliotecas, igrejas, a vila olímpica.
Uma das filhas do vizinho vai morar com a família de Zlata (que é filha única).
A eletricidade é cortada e a família fica sem a geladeira para conservar os alimentos, eles fazem um banquete para que os alimentos não se deteriorem, porém fica a incerteza se conseguirão  alimentação, para a próxima semana. A comida se torna escassa, o barulho de trovões evidencia a proximidade dos canhões.
Chegam informações de que a casa de campo da família, com quase 150 anos  de histórias, é destruída e os vizinhos são mortos.
Zlata diz em seu diário: "sou uma criança de guerra, sem escola e sem poder me locomover, sem sol, sem natureza e sem infância, trancada numa gaiola."
A Ajuda Humanitária das Nações Unidas é que auxilia a família em sua sobrevivência, juntamente com milhares de outras.
Zlata fica quatro meses sem ver os avós, que moram em outra localidade.
Sabendo da existência dos diários das crianças, a Unicef inicia levantamento para a publicação de um deles, Zlata é escolhida.
Acontece o corte de árvores centenárias, para fazer o aquecimento dos ambientes, Zlata completa doze anos e só deseja PAZ.
Seu diário é publicado em 1993 e as cartas são as únicas possibilidades de comunicação entre os parentes.
É um relato sofrido, mas evidencia a força e a superação de uma família unida em condições desfavoráveis.
Eu recomendo a todos.
Abraços
Adriane

sábado, 3 de dezembro de 2011

Diário de Bordo - 24 ago. 2011 - Intercâmbio das experiências de leituras

A prof. Conceição fez um fechamento das apresentações sobre as memórias de leituras iniciais da turma  e apresentou um resumo sobre a leitura contemporânea.
Na sociedade grega, a inserção da criança era efetivada de forma integral, ou seja, desde muito cedo as crianças eram incentivadas em seu  desenvolvimento físico, intelectual e político.
Elas praticavam habilidades e dons que evidenciariam os seus potenciais, para que tomássem consciência de sua posição no grupo e viéssem a ser cidadãos dinâmicos e participativos.
A leitura deveria ser incentivada e exemplificada pelos pais, já no útero materno, onde através da entonação de voz do adulto, a criança já capte sentimentos literários diferenciados, que será a base para o seu futuro letramento.
A presença  feminina na responsabilidade em prover o lar vem aumentando em nossa sociedade atual, isto garante a mulher uma participação mais efetiva na educação dos filhos, por exemplo.
Fato que pode ser comprovado na análise dos relatos feitos em sala, onde dos 30 apresentados como fonte de motivação para o início do gosto pela leitura a família, 13 deles foram indicadas as presenças das mães e das tias como incentivadoras no processo inicial de leitura.
Quando as mães não podem ocupar esta responsabilidade, elas delegam às avós tal empreitada.
A leitura feita por homens e mulheres, no passado, foi bastante modificada, pois, à mulher era permitido fazer leituras concernentes a casa (ou ao lar) e ao homem  cabia assuntos relativos ao mundo e às ciências.
A leitura de homens e mulheres, hoje, é bastante diversificada.
No âmbito dos suportes de leitura, as modificações são ainda mais drásticas, pois do papiro para o códex, do manuscrito para a impressão e agora, a leitura em tela digital vão trazendo mudanças no olhar do sujeito leitor.
A relação afetiva com o objeto livro, ainda causa estranhamento ao leitor, quando da visualização e entendimento junto ao suporte digital, principalmente no equilíbrio da utilização dos suportes digitais.
A cada novo hardware ou software apresentado, somos forçados a aprender novas modalidades de habilidades e desenvolver novo conjunto de cognições, com a finalidade de efetivarmos nossas atividades com eficiência.
Segundo o prof. Eugênio Trivinho da PUC-SP,  vivemos numa dromocracia, em que a rapidez é mola propulsora  de nossas relações com a sociedade em que estamos inseridos e a obsolescência contínua das tecnologias e equipamentos é parte integrante desta engrenagem.
Mas a coexistência pacífica entre a leitura sensorial do livro, objeto colorido, divertido e a leitura intermediada pelo computador, ipad, Kindle ou tablet, ainda persistirá por muito tempo, pois as adaptações não são imediatas e dependem de condições econômicas de sujeitos e instituições que, não são igualitárias.
A escola  foi a segunda entidade a aparecer na lista dos iniciantes de leitura. Esta instituição vem, secularmente, formando mão-de-obra para assumir os cargos oferecidos, primeiramente, nas indústrias da Revolução Industrial, onde o operário necessitaria ser alfabetizado para ler os cartazes e manuais de funcionamento das máquinas que operaria.
Agregando normas e os rigores da disciplina militar, a escola tenta diminuir os conflitos, na medida em que, instala a hierarquia rígida entre suas escalas de comando e abafa tensões detectadas, através da autoridade.
Neste ambiente, o professor segue como detentor exclusivo do conhecimento inibindo e cerceando liberdades e desvios.
Neste cenário, a leitura obrigatória das escolas compromete a criatividade e não permite, aos alunos, extrapolar para inovar.
A inovação é condição indispensável para a criação e o desenvolvimento de técnicas, produtos e processos do mercado.
A literatura deflagra condições e situações variadas que serão um campo frutífero para inovações sociais, porém, a fruição estética é condição prioritária para que se efetive.
A diversidade de literaturas e idéias é defendida pelo bibliotecário Edmir Perrotti (docente da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo), quando diz que: "Há um eixo educativo que a biblioteca tem de seguir, mas sua configuração deve extrapolar esse limite, porque o eixo cultural é igualmente essencial." Então, o leitor necessita ampliar seus horizontes e conhecer novas realidades e culturas, para adquirir autonomia e criar reflexões aprofundadas onde, ampliando sua visão identificará caminhos para fugir da chamada "Indústria Cultural" definida por  Theodor L. W. Adorno (11 set. 1903-06 ago. 1969/ filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão) como aprisionante e ditatorial, pois define caminhos e tendências, fazendo com que o leitor deixe  de valorizar a sua própria gama de atividades culturais e identitárias.

domingo, 20 de novembro de 2011

Aula de 17 de agosto de 2011 - Memórias de leituras

Exercício de anamnese em sala: Convergências e divergências nas leituras iniciais dos alunos.
 
 Ahahaha, estas aulas foram o máximo. Uma anamnese é feita para relembrar, como dizia a minha avó, puxar da  memória, fatos, que lembramos sobre algum evento ocorrido.  Na área médica é quando temos de dizer como e quando se iniciou tal queixa de uma determinada enfermidade que nos acomete.
    Aqui, recomendo bastante cautela, daquele profissional que deseja, realmente, conhecer. É uma atividade de escuta aprofundada, não apenas uma anotação superficial, mas um mergulho para compreender e enxergar as entrelinhas daquilo que foi explicitado.
   Tais fragmentos vão remontando o que somos e o que queremos.
   O exercício da escuta (diagnosticar através da anamnese) é bem propício, inclusive, para o bibliotecário, que deverá possuir sensibilidade suficiente para escutar (não apenas ouvir) qual a necesidade daquele que deseja um documento para ler e conhecer.
    Não é habilidade fácil ou inata ao bibliotecário. Deverá ser, paulatinamente, conquistada e aperfeiçoada, pois, segundo o prof. Eugênio Trivinho (PUC-SP), vivemos numa dromocracia (somos cada vez mais governados pela rapidez, pela pressão cotidiana, pelo tempo rápido e passageiro), então como escutar sinceramente? Desafio maior e necessário.
    Todos da turma fizeram a sua anamnese. Eu voltei a minha memória para os empréstimos que fazíamos na biblioteca do antiiiiiiigo  Banco de Crédito Real de Minas Gerais (incorporado pelo Bradesco). Livros de Monteiro Lobato, os primeiros. Lindos, coloridos, cheios de vida, aventuras e representações  de liberdade e reflexões. Tudo o que queríamos na infância, certo?  Os caminhos de Pedrinho em suas, tão esperadas férias. Meu pai foi o primeiro grande incentivador de minhas leituras, ele havia lido vários clássicos da literatura mundial, além de filósofos e pensadores.  Seu exemplo foi o motor de toda a minha busca intelectual, tanto no passsado, quanto atualmente, reciclagem constante. Ele dizia que "o cérebro não pode parar, tem que ser igual ao coração em atividade constante".
Era um mundo mágico, possível e instigante. Os temas mais variados desfilavam aos meus olhos, ficção, ação, romances como "O guarani" de José de Alencar.
Após, lembrei-me do meu prof. de Português do Colégio Padre Eustáquio (também mudou o rumo da minha história, época de grande acréscimo pessoal e social), o Élcio, um verdadeiro mestre, crítico, reflexivo, paciente, puxa adjetivos de qualidade não faltam, para este professor acima da média. Seu entusiasmo e motivação pela leitura foi um alicerce, que não esquecerei.
Fizemos grupos de 4 integrantes e uma primeira discussão com os colegas, relembrando os primeiros momentos de leitura em nossas vidas. Após, identificaríamos os pontos de convergências e divergências de todos.
Foi muito bacana perceber a influência dos pais, avós, tios, irmãos mais velhos e outros familiares em várias falas dos colegas, este registro foi bastante presente em quase todos os discursos, inclusive no meu, relembrando do meu pai.
As influências, em geral, foram positivas e com o intuito de motivar o início e a continuidade das leituras, porém, houve relatos, onde  se verificou a desmotivação frente aos esforços de leitura e o argumento utilizado foi de que, trabalhar seria mais "lucrativo" do que estudar. rsrsrsr. Respeito os pensamentos e contextos diversos.
As leituras iniciais dos alunos, fizeram emergir memórias de grandes nomes da literatura mundial e clássicos atemporais.
Leituras feitas pelos pais e avós,  quando ainda nem decifrávamos os signos linguísticos, mas ouvíamos com carinho e entusiasmo as vozes,  que nos presenteavam com histórias (ou estórias) enriquecedoras e já nos permitiam  trilhar pelos caminhos da representação da leitura do mundo,  sem a devida alfabetização, que viriam posteriormente.
Discutimos a leitura obrigatória, feita na escola, de Machado de Assis, por exemplo, pelos jovens de 14 anos; fato ocorrido com um dos alunos e a constatação de que não foi uma experiência agradável, naquela idade específica, pois, não havia maturidade nem discernimento para tamanha empreitada.
A Bíblia como leitura inicial, foi também citada (questão de fé e crença) e a censura a alguns livros ditos "proibidos" para menores, como por exemplo, Jorge Amado (conteúdo sensual) e outros.
A "fogueira santa" fez  referência, àquelas obras queimadas com o objetivo de impedir a proliferação pública de seu conteúdo, citado por um aluno e uma prática utilizada por sua mãe,  que não queria (ou permitia) tamanho gesto de rebeldia em sua casa, puxa...
Recitar poesia para os irmãos, foi outro início de leitura, comentado por uma aluna e que permitiu, inclusive a aproximação de interesses e afetividades, com a transmissão familiar pelo gosto da leitura.
A quota de leitura exigida na universidade, não nos permite, momentos de deleite em uma literatura criativa, diversa e mais abrangente para questões humanistas, vamos nos especificando em nossa área de conhecimento e nos afastando de textos imaginativos.
Onde então procuraremos apoio para a absorção do substrato capaz de nos fazer inovar?
Ou seremos,  tecnicamente, aptos a resolver os problemas cotidianos, sem a possibilidade de extrapolarmos o possível, a fim de criarmos novos processos, produtos e modelos mais sociáveis de acesso, efetivamente, igualitário?
As reflexões após este exercício de anamnese de leituras foram muitas e diversas. Porém, um resumo será feito na próxima aula, juntamente com algumas ponderações da prof. Conceição.
Até a próxima.
Abraços
Adriane

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cidade e Cultura: programação

Cidade e Cultura: programação: II ENCONTRO "CIDADE E CULTURA: REBATIMENTOS NO ESPAÇO PÚBLICO CONTEMPORÂNEO" DIAS 21 E 22 DE NOVEMBRO DE 2011 CAPES/MinC Programa Pró-cu...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Diário de Bordo-10 ago.2011-Leitura e formação de leitores- continuação





A leitura de qualidade implica na busca por documentos/obras onde o leitor se apropria  de evidências que lhe proporcionarão maior consciência de si mesmo (suas virtudes e mazelas) e do mundo que o cerca, através dos exemplos apresentados. São atemporais, pois, revelam possibilidades ao ser humano em qualquer época da história.
A leitura de qualidade é feita através de documentos denominados "CLÁSSICOS", pois a cada releitura, em outro momento de nossas vidas, são verificadas novas reflexões e novas abordagens de pensamentos que acreditávamos estarem sedimentados. Os Clássicos fazem nos pensar e agregam novos enfoques aos  nossos entendimentos, por isto são sempre tão contemporâneos.
Segundo o professor Jacyntho Lins Brandão, da Faculdade de Letras da UFMG, "a obra clássica é a que se abre ao máximo para recepção".
Barthes disse que clássico é todo texto legível, ou seja, que fará sempre sentido.
Aqui, emergem minhas memórias e me lembro das leituras, que venho fazendo,  tanto no  Programa de Iniciação Científica do CNPq, orientadas pela prof. Cida Moura, quanto por todas aquelas feitas nas disciplinas do  curso de Biblioteconomia da UFMG e todas as demais feitas ao longo da vida: José de Alencar, Murilo Rubião, Machado de Assis, Miguel de Cervantes, Monteiro Lobato, William Shakespeare,  Fiódor Dostoiévski, Marques Rebelo, Aluísio Azevedo, Érico Veríssimo, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto com o seu inesquecível: "Morte e vida severina", bem e tantos outros.
A leitura de qualidade nos fará crescer e evoluir em pensamento, cognição, atos e materialidades.
Sou um ser humano diferente daquele que entrou há dois anos nesta graduação, pois minhas leituras influenciam meu comportamento e minhas ações, tenho um olhar diferenciado  sobre o mundo em que vivo. Minhas percepções sociais, materiais, tecnológicas e científicas são outras.
Busco as influências e as consequências dos atos consolidados pelas pessoas na sociedade em que me encontro inserida, não me atenho apenas às aparências dos fatos, vou além, busco fontes coerentes que me façam enxergar várias nuances e enfoques,  daquilo que se sucedeu. Persigo "os dois lados da moeda", às vezes até mais.
Partindo da escrita que faço hoje, do meu caminho trilhado, percebo-me melhor neste espaço, situo-me criticamente, começam a fazer sentido as cartas de  Michel Foucault, onde ele se refere à "escrita de si", ou seja, ao escrever  minhas experiências, mostro-me, exponho-me num quase diálogo de face a face.
Segundo Foucault: "Escrever é pois mostrar-se, dar-se a ver, fazer aparecer o rosto próprio junto ao outro."
Então, eis me aqui expondo e exposta.
Vejo as tecnologias com uma possibilidade ampliada de difusão dos saberes humanos. A web abre caminhos e amplia possibilidades.
Percebo, cada vez mais, o potencial positivo dos dispositivos de interação e comunicação entre vários atores deste ambiente virtual.
O meu receio inicial, frente ao "Personal Computer", por exemplo, diluiu-se, na medida em que entendia seu funcionamento e me apropriava de suas ferramentas para realizar uma tarefa.
Porém, não me afasto das reflexões profundas sobre acessibilidade, sei  que muitos estão fora deste mundo virtual, sem  condições de se expressarem ou mostrar suas idéias e pensamentos. Não significa que não tenham a dizer, que não tenham anseios ou conhecimentos a compartilhar. O acesso a web é restrito, tal constatação me causa profundo estranhamento, visto que tantos enfatizam  as questões de acessibilidade como mundiais e igualitárias. Não condiz com o que tenho percebido, ainda existem milhões fora deste ambiente,  milhões sem  conexão, sem "voz" para se expressarem e esta marginalização é um empecilho para o equilíbrio social e a "Socialização do Conhecimento".
Existem ainda, os sites e portais que disponibilizam o acesso apenas mediante negociação monetária.
São constatações que verifiquei em meus próprios "surfs" pela web guiados pela pesquisa científica.
Sigamos observando e refletindo...
Até a próxima.
Adriane Legnani

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ciclo Palestras Nemusad - Prof. Wander Emediato de Souza

Confirmada palestra do prof. Wander Emediato de Souza no dia 30/09, às 10 horas na sala 1000 da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais.
"Dos fundamentos aos  problemas contemporâneos da Análise do Discurso."

http://espanol.groups.yahoo.com/group/nemusad/attachments/folder/42371780/item/1648702676/view

Elomar na UFMG

Os gêneros do discurso na obra operística de Elomar Figueira Mello: uma abordagem bakhtiniana, de Eduardo Ribeiro.
Programação
Quarta, 28, a partir das 17h40
Palestra de Eduardo Ribeiro e concerto com a participação da mezzo-soprano Luciana Monteiro de Castro, professora da UFMG, e da cantora Titane, entre outros
Auditório da Escola de Música
Quinta, 29, às 9h
Defesa da dissertação de Eduardo Ribeiro Auditório da Escola de Música
Quinta, 29, às 15h30
Conversa com Elomar
Auditório principal da Escola de Engenharia

http://www.ufmg.br/boletim/bol1750/4.shtml

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O NEMUSAD convida para o Ciclo de Palestras sobre Informação e Teorias da Significação:

"Dos fundamentos aos problemas contemporâneos da Análise do Discurso" com o Prof. Wander Emediato de Souza no dia 23/09 às 10h na sala 1000- ECI/UFMG.


http://xa.yimg.com/kq/groups/24057900/2002764078/name/Banner_Wander.pdf


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Queremos Saber - Cássia Eller

Esta música é linda e bastante representativa para a ciência. Acredito que se refere exatamente à busca por respostas da nossa relação com a natureza.

http://letras.terra.com.br/cassia-eller/65537/

"Queremos notícia mais séria

Sobre a descoberta da antimatéria

e suas implicações

Na emancipação do homem

Das grandes populações

Homens pobres das cidades

Das estepes dos sertões" Cássia Eller

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Maratona Nacional de Engenharia: Defina a décima finalista da Maratona 2011!

Maratona Nacional de Engenharia: Defina a décima finalista da Maratona 2011!: Chegou a hora de definir a décima universidade finalista da Maratona Nacional Chemtech de Engenharia 2011! Duplas da UFMG, UFRN e UFSC estã...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

DIÁRIO DE BORDO - Disciplina "Leitura e formação de leitores" dia 10 ago. 2011

Construindo meu conhecimento...
Com o início do semestre letivo 02/2011 no curso de Biblioteconomia da Escola de Ciência da Informação na Universidade Federal de Minas Gerais, fomos surpreendidos com a proposta "inovadora" da prof. Maria da Conceição Carvalho  de produzirmos um diário sobre as nossas observações e idéias partilhadas na disciplina  "Leitura e formação de leitores".
"Inovadora", no sentido de que, até então, eu ainda não havia  passado pela experiência de compartilhar ou expor meus entendimentos através da escrita a outrem, talvez através das provas façamos isto, porém são momentos de obrigação, não de sedimentação e reflexão, rsrsrs.
Neste exercício de compartilhamento tenho percebido que muito mais agrego conhecimentos de mim mesma, minhas posições diante de certos fatos, termos, textos e situações que leio, cotidianamente, através dos signos (o viés da semiótica inunda meus pensamentos, influência do aprendizado crítico e reflexivo com a prof. Cida Moura), verificados no ambiente que me cerca.
Na dúvida em transmitir minhas idéias, observações e pareceres em documentos particulares, que seriam lidos apenas pela professora, optei por utilizar meu blog, onde já partilho algumas considerações sobre minhas aflições e conquistas pessoais, acadêmicas e investigativas da Iniciação Científica.
O exercício da leitura e da escrita, para o compartilhamento, proporciona-nos ainda, exercitar a coordenação eficiente de um texto com etapas bem definidas de começo, desenvolvimento e finalizaçao. Ítem essencial que garantirá a transmissão e apropriação do conhecimento.
A princípio, fui tomada por certa relutância, pois esta exposição fará emergir minhas contradições e inconsistências, inclusive gramaticais e ortográficas; porém, com o desencadear dos pensamentos, fui, paulatinamente, acalmando-me e considerei a fala  da professora titular emérita da UFMG  Magda  Soares, quando lembra, em sua entrevista ao  UFMGTube a "Socialização do Conhecimento", ou seja, não adianta fazer pesquisa, investigar, levantar e coletar dados, agregar entendimento de outros teóricos do passado ou os mais recentes, sem transmitir a outrem, as experiências que vivo e desenvolvo, com esta bagagem e neste contexto atual onde me encontro inserida.
O pesquisador tem que compartilhar o caminho trilhado, assim ele faz conhecer as relações do homem com o mundo e a natureza, ao mesmo tempo em que se reconhece no processo de crescimento e entendimento, vivencia o seu autoconhecimento.
A primeira aula, então, foi de apresentação da professora e principalmente, do programa que orientará nossos encontros às quartas-feiras.
A denominação da disciplina foi questionada pelo Henrique, onde se percebeu que o termo "formação de leitores" poderia insinuar uma ação autoritária e direcionada, para a intenção da  nossa atividade de mediação da informação, porém lendo o texto:  A tela e o livro de Maria Teresa de Assunção Freitas,  incluso no livro: Livros e telas da Editora UFMG de 2011, indicado pela prof. Marta Melgaço da disciplina "Bibliotecas, Arquivos e Museus Digitais" entendi que, formar um leitor é  ampliar o repertório disponível para este sujeito, fato bastante condizente com a nossa atividade numa unidade de informação.
Termos como leitura, letramento e alfabetismo foram apresentados aos alunos deste quinto período e ficou claro que, ser alfabetizado não significa estar letrado, pois o letramento é um processo bem mais amplo, onde a informação deverá fazer sentido para o sujeito que a ressignificou.
Desta forma, alfabetizado é aquele que decifra o código da língua e letrado é aquele deu um sentido contextual a informação visualizada construindo elos de ligação que permitirão a sua utilização em momentos  de necessidade, fato que alterará sua cognição e comportamento social.
Percebeu-se que a leitura  não se processa apenas sobre papel ou um texto. Fazemos leitura dos sinais no semáforo, num vídeo e nos comportamentos de nossas crianças, jovens e adultos.
O educador e filósofo brasileiro Paulo Freire é figura obrigatória nestas discussões, pois apresentou novas perspectivas ao olhar a educação como uma entidade em construção coletiva, porém, valorizando a experiência individual como apoio e sustentação do desenvolvimento social.
Frases como: "A leitura do mundo precede a leitura da palavra" de Paulo Freire, dão a dimensão da relevância da experiência individualizada para o fortalecimento de uma leitura crítica e emancipadora, onde o alfabetismo se completará  no letramento.
No livro "Pedagogia do Oprimido", Paulo Freire ressalta a importância em se construir uma nova forma de relacionamento entre professor, aluno e sociedade.
Disponibilizo a seguir o link da Biblioteca Digital Paulo Freire aos interessados nesta obra tão edificante:    http://www.paulofreire.ce.ufpb.br/paulofreire/.
Disciplinas como a Psicologia, Sociologia da Leitura, Letras, Filosofia e Comunicação podem ajudar o bibliotecário na ampliação de seus conhecimentos e propiciar um posicionamento de atitudes positivas  junto ao panorama da leitura.
Neste sentido, leitura de qualidade implica que, ao final da ação, o leitor seja capaz de se conhecer melhor e poderá agir com  coerência diante de acontecimentos e fatos sociais, tendo  aguçado sua consciência e espírito crítico em relação a si próprio e às pessoas que o cercam.
Ufa, o primeiro dia de aula ainda não terminou, mas vou parar por aqui, no intuito de degustar tanta informação.
Até a próxima.
Adriane

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Biblioteca Digital Mundial

Missão:
A Biblioteca Digital Mundial disponibiliza na Internet, gratuitamente e em formato multilíngue, importantes fontes provenientes de países e culturas de todo o mundo.

Os principais objetivos da Biblioteca Digital Mundial são:

Promover a compreensão internacional e intercultural;

Expandir o volume e a variedade de conteúdo cultural na Internet;

Fornecer recursos para educadores, acadêmicos e o público em geral;

Desenvolver capacidades em instituições parceiras, a fim de reduzir a lacuna digital dentro dos e entre os países.
Acesse através do link abaixo:

http://www.wdl.org/pt/

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ciclo de palestras sobre Informação e Teoria da Significação


Palestra: Logos Sensorial

Convidado: Professor Júlio Pinto

Debatedora: Professora Geane Alzamora

Data: 26/08/2011

Sala: 1000 - Escola de Ciência da Informação - UFMG

Horário: 10:00






Resumo do Currículo do prof. Júlio Pinto

Júlio Pinto obteve seu Ph.D. na University of North Carolina at Chapel Hill, EUA, em 1985, e fez estudos de pós-doutoramento na Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 1992. Atualmente é professor de Semiótica, Coordenador do Mestrado em Comunicação Social da PUC Minas. É Presidente da Compós - Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Comunicação (2011-2013), tendo sido Vice-Presidente na gestão anterior (2009-2011) Autor de inúmeros livros, capítulos de livros e artigos publicados no Brasil e no exterior, tem atuado como avaliador institucional do Inep e consultor da Capes. Atua na área de Comunicação. Em seu currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: semiótica, linguagem, comunicação, filosofia da linguagem, teoria da imagem, cinema e TV, arte, mídia eletrônica, teoria literária e tradução intersemiótica.






Resumo do Currículo da profa. Geane Alzamora
Possui graduação em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1990), mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005). Foi professor adjunto III da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais entre 1995 e 2009, onde integrou o corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, lecionou no Curso de Graduação em Comunicação Social (Semiótica; Jornalismo Cultural) e coordenou, entre 1999 e 2006, o Centro de Pesquisa em Comunicação (CEPEC). Desde Janeiro de 2010 é professor adjunto I da UFMG (Comunicação Social), onde integra o corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social e leciona na graduação. Coordenou, entre 2004 e 2010, o grupo de pesquisa Comunicação e Redes Hipermidiáticas (CNPq/PUC Minas) e participa, atualmente, dos grupos (CNPq/UFMG) Centro de Convergência de Novas Mídias e Laboratório de Investigação em Culturas de Rede. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Semiótica e Teorias da Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: novas mídias, cibercultura, jornalismo e redes sociais






                               

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Biblioteca Digital Paulo Freire

O ambiente digital também nos proporciona surpresas agradabilíssimas.
Vejam esta iniciativa da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) em parceria com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico): a Biblioteca Digital Paulo Freire.
A seguir o link de acesso:

http://www.paulofreire.ce.ufpb.br/paulofreire/.

Entre e aproveite para conhecer a obra deste educador ímpar e seu legado de conscientização coletiva.
Abraços
Adriane Legnani

domingo, 15 de maio de 2011

Lançamento do Livro: Cultura Informacional e Liderança Comunitária: concepções e práticas

A Coordenadoria de Políticas de Inclusão Informacional, a Diretoria de Divulgação Científica e a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais convidam para o lançamento deste livro organizado pela professora da Escola de Ciência da Informação Maria Aparecida Moura.
Será no dia 17 de maio de 2011 às 15 horas no Auditório da Reitoria da UFMG.

Crianças ganham site interativo para aprender ciência

O site reúne algumas das principais tecnologias de cada centro de pesquisa da Embrapa. Esses centros são apresentados em formatos variados, como jogos e livros virtuais, com linguagem adaptada ao público infantil.
Além das crianças, os testes contaram com o acompanhamento de uma comissão de especialistas e de pesquisadores do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Universidade de Brasília (UnB) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Cada item do menu é gerido por uma unidade da Embrapa. Nas sessões “Você sabia?”, “Conheça a Embrapa”, “Brinque com Ciência”, “Biblioteca” e “Glossário” é possível aprender um pouco mais sobre o universo científico e o mundo da pesquisa. Já no “Bloguinho”, as crianças podem trocar ideias com pesquisadores sobre diversos temas.
Contando Ciência na Web: acesse o site.

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Projeto Tertúlia Literária




Um projeto que reúne leitores para falar de suas experiências de leitura de textos literários em encontros periódicos. 

A primeira sessão está prevista para o dia 29 de abril de 2011.
Podem se inscrever : Professores em exercício de escolas públicas e privadas de educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental da Região Metropolitana de Belo Horizonte, alunos dos cursos de Pedagogia, Ciência da Informação e Letras da UFMG.
As inscrições podem ser feitas acessando o blog:  http://projetotertuliasliterarias.blogspot.com/, preenchendo o formulário e enviando. Ou, comparecendo à sala 1504 do Departamento de Administração Escolar da FAE/UFMG, das 15 horas às 17 horas, de segunda a sexta-feira.
BOAS LEITURAS.


sexta-feira, 11 de março de 2011

"Múltiplos Olhares em Ciência da Informação" - a revista da graduação. Projeto da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais coordenado pela professora Terezinha de Fátima Carvalho de Souza.

Discente, submeta seu trabalho.
Aproveite para conferir a minha resenha crítica sobre o  livro "Para quem pesquisamos: para quem escrevemos: o impasse dos intelectuais" organizado pela professora Regina Leite Garcia e outros trabalhos interessantes publicados nesta revista.

http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/moci/search/authors

Dia do Bibliotecário - 12 de março

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/marco/dia-do-bibliotecario.php


Bom dia e boas leituras.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Recomendo o livro: "Ciência em Ação" para perceber quais os caminhos trilhados e as escolhas feitas na construção da ciência.

Autor: Bruno Latour - Ano 2000
ISBN: 85-7139-265-X
 
"Latour proporciona aqui uma audaciosa análise da ciência, demonstrando o quanto o contexto social e o conteúdo técnico são essenciais para o próprio entendimento da atividade científifca." Ivone C. Benedetti

AULA NA BILBIOTECA - 15 de fevereiro de 2011

Achei muito válido este projeto e estou divulgando, ótima iniciativa. Parabéns aos organizadores.


Prezado (a) Leitor (a).
Estamos retornando com nosso projeto Aula na Biblioteca. Anexo enviamos convite.



Atenciosamente
Eliani Gladyr da Silva
Coordenadora do Setor de Coleções Especiais
Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Projeto de Iniciação Científica apresentado na XIX Semana do Conhecimento da UFMG-Universidade Federal de Minas Gerais- 22/10/2010

"E-science, redes de cooperação e discurso científico em ambientes digitais"

Adriane Legnani de Souza Silva (CNPq/PIBIC/ECI/UFMG)
Prof. Dra. Maria Aparecida Moura (Orientadora ECI/UFMG)

A consolidação dos sistemas de informação cooperativos potencializados pela web 2.0 ampliou a presença de pesquisadores no contexto digital. Nesse sentido, a cooperação e a troca direta de informações produzidas por esses atores romperam as fronteiras dos espaços considerados eminentemente acadêmicos e científicos. Hoje, dispositivos permitem o compartilhamento direto de mensagens (blogs, listas de discussão e portais de audiovisuais) e a efetivação de um ecossistema de redes sociais que enseja a implementação de novos padrões de validação da informação, hoje mais orientado à audiência proporcionando novas formas de visibilidade social.

O E-science (enhanced-science), pressupõe a efetivação de práticas de colaboração científicas interdisciplinar integradas por dispositivos eletrônicos.

O projeto “Redes Sociais de Colaboração Científica e Inovação: Linguagem, modelos de Interação e produção entre agentes” objetiva identificar, caracterizar e modelar os processos de interação, colaboração e produção informacional entre agentes de redes sociais de colaboração científica visando compreender as repercussões e a interpenetração dos acordos semióticos estabelecidos na formação do discurso científico contemporâneo e na organização da informação.

Nessa etapa da pesquisa realizaram-se estudos de fundamentação teórica e a construção dos instrumentos de coleta de dados. Em etapa posterior, realizaram-se a caracterização dos gêneros digitais, documentos emergentes em termos estruturais e discursivos, que possuem traços multimodais e hipertextuais desenvolvidos em ambientes digitais. Para tanto, foram analisadas as estruturas formais e as abordagens conceituais dos blogs científicos e a estruturação de uma base para a análise dos laboratórios nacionais e internacionais que possuem mediações e abordagens digitais para apoiar pesquisas colaborativas em rede.

Palavras-chave: E-Science, discurso científico, redes de cooperação científica, gênero digital