quinta-feira, 29 de março de 2012

Jornal do Brasil - Cultura - Corpo de Millôr Fernandes será cremado esta tarde

Jornal do Brasil - Cultura - Corpo de Millôr Fernandes será cremado esta tarde

UFMG - Revista DIVERSA - Acesso, organização e difusão= Biblioteconomia

http://www.ufmg.br/diversa/7/biblioteconomia.htm

Nos últimos 15 anos, no Brasil e no mundo, mudaram por completo as referências da sociedade com relação à produção, o armazenamento e a difusão da informação.

Os profissionais de Biblioteconomia não ficaram imunes a esse turbilhão. Ao contrário, sofreram, de forma intensa e direta, os reflexos da chamada "sociedade da informação". A realidade, moldada pela presença da informática, da internet, e das novas mídias, gerou a demanda por um novo profissional, mais ativo e ainda mais comprometido.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Diário de Bordo - 31 agosto 2011 - aulas prof. Maria da Conceição Carvalho

Apresentou-nos aspectos relevantes de vários estudiosos entelaçados ao campo da Ciência da Informação, Educação e Leitura.
Um teórico essencial para o nosso entendimento foi Pierre Bourdieu (1930-2002), que com o seu conceito de "habitus" (sistema de disposições duráveis e transponíveis integrantes de todas as experiências passadas) funciona a cada momento como uma matriz de percepções, tornando possível a realização de tarefas diversas.
Então, pelo valor afetivo, que a leitura assume em determinadas famílias e grupos sociais, seus herdeiros apropriar-se-ão deste "habitus", transmitido de geração a geração.
Infelizmente, o que se verifica, na maioria das famílias brasileiras, é que o primeiro contato com a leitura vem se fazendo, com maior frequência, apenas nas escolas.
Esta observação retira toda a carga de afetividade como fator benéfico para a leitura.
A diversidade de documentos literários produzidos nos aponta uma pequena pista da abrangência no universo de opções para o bibliotecário apresentar ao seu sujeito-leitor.
Cabe-nos desenvolver uma sensibilidade capaz de nos permitir captar, em uma curta entrevista no setor de referência, aquilo que nos pareça imprescindível.
Livros de leitura com um cunho religioso como o Torá (texto central do Judaísmo), o Alcorão (livro sagrado do Islã) e a Bíblia (texto religioso de valor sagrado para o Cristianismo) indicam um caminho percorrido pelo homem com a finalidade de alcançar a perfeição com a leitura intensiva - repetitiva de um texto específico - podendo  determinar uma linha de comportamento bastante utilizado.
Já a leitura extensiva abarca maior variedade de áreas do conhecimento humano, o que permite perceber uma horizontalização no percurso de leituras.
A literatura infantil, na atualidade, sofre vários obstáculos impostos pela corrente do pensamento social no politica e ecologicamente correto, onde se encontram excluídas situações da vida real, com o intuito de "não traumatizar as crianças". Com este espectro pairando sobre a cabeça de escritores infantis e juvenis; as estórias (e histórias) tomam um rumo artificial e sem conexão com a realidade, pois, é vedado falar em morte ou qualquer outro elemento impactante sobre os sentimentos alegres e positivos.
As crianças e jovens crescem intolerantes ao sofrimento e não se identificam com a resolução dos percalços cotidianos, característica que pode os tornar despreparados para o trabalho ou para as responsabilidades inerentes à vida adulta.
Outro ítem importante sobre a leitura é a sacralização da cultura letrada, que leva alguns a pensarem, que só existe valor na comunicação linguística através dos signos alfabéticos, não é verdade.
O mundo nos revela sinais, interpretações e representações de várias formas. Lemos as cores do semáforo, lemos vídeos e podcasts, lemos comportamentos e culturas. Os nativos digitais (meninos e meninas, que convivem com o computador e seus recursos e dispositivos tecnológicos desde muito cedo) observam informação em tudo e ressignificam a cada nova forma de aplicação em suas necessidades diárias. Eles são, ao mesmo tempo, usuários e produtores,  esta perspectiva muda a relação com os signos e torna bem mais abrangente o sistema educacional e de leitura.
Com isto, o papel do educador e do bibliotecário, deverá conter doses periódicas de aspectos para a reciclagem constante de suas atividades, junto às instituições pedagógicas.
A professora Conceição ressalta, que os agentes mediadores estão inseridos entre dois mundos distintos: o mundo imaginativo da obra construída pelo autor e a recepção aberta do leitor, que necessita de um substrato teórico/intelectual/cognitivo, com o intuito de  transpor o obstáculo do estranhamento ao conhecimento e a futura ação desencadeadora do processo de apreensão de um texto.
A responsabilidade é muito grande e será possível, apenas com o entendimento destes dois mundos. Tanto o mediador precisa conhecer, paulatinamente, as obras disponibilizadas por seus autores, quanto se sensibilizar em se identificar com o sujeito que necessita daquela informação.
Próximo episódio: Leitura no Brasil.
Até Breve.
Adriane.