sexta-feira, 4 de maio de 2012

Livro "O que é leitura" de Maria Helena Martins


MARIA HELENA MARTINS é filha do escritor e médico psiquiatra e psicanalista Cyro Martins, Maria Helena de Sousa Martins nasceu em Porto Alegre. Criou o CELP Cyro Martins - CELPCYRO, em 1997 e, desde então, é sua Diretora-presidente, coordena seus projetos de pesquisa, eventos, cursos, publicações e o conteúdo do site, no link:  http://www.celpcyro.org.br/v4/html/MariaHelenaMartinsmini-curriculo.htm. Lecionou na UFRGS e na USP, na qual se tornou Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada (FFLCH).
A discussão da aula de 14 de setembro de 2011 se deu em torno do livro acima. Um livro de bolso, gostoso de ler e traz reflexões bem marcantes.
Lembra que o leitor não pode ser rotulado por faixa etária, pois cabe a cada sujeito de uma determinada obra, produzir seu próprio sentido e representação dentro de sua cognição, bagagem anterior e realidade do contexto vivido e lido.
O contato físico com o objeto designado "livro", ainda nos sugere um apelo muito forte, afetivo e sensorial. A possibilidade em folheá-lo, visualizar suas imagens e desenhos, cheirá-lo ou apenas recostá-lo em nosso peito, produz um efeito mágico.
Desde os folhetins escritos em capítulos até os livros científicos, causam-nos grande impacto, penetrar naquele "mundo" cercado ou não de corência lógica em princípio, meio e fim.
Os níveis de leitura demarcam territórios distintos e podem ocorrer ou não, em relação a um texto lido.
A leitura sensorial é disparada pelos sentidos humanos (cheiro, tato, audição, visão e até paladar, sim), sendo, considerada aquela, que despertará maior prazer junto ao leitor.
A leitura em nível emocional desperta sentimentos como o amor, carinho, medo, ciúmes e outros; tanto quanto a leitura sensorial, dependerá das variações cognitivas e pessoais do leitor.
No nível da leitura racional, a razão dita suas regras e abre um único caminho para o entendimento.
Um texto então, poderá apresentar todos os níveis de leitura ou não.
Tópico importante discutido foi a questão do texto virtual e a possibilidade dos hiperlinks, onde com um click apenas, trilhamos um labirinto de assuntos e informações. Este ato poderá nos desviar do assunto prioritário, para aquele momento específico e tirar o foco da coerência do texto, fragmentando nossas idéias, com a consequente perda da coesão textual de princípio, desenvolvimento e conclusão (ítens tão caros a estrutura de um trabalho científico, por exemplo).

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